Você é os brinquedos que brincou, as gírias que usava, os segredo que guardou. Você é sua praia preferida, o renascido depois do acidente que escapou, aquele amor atordoado que viveu, a conversa séria que teve um dia com seu pai. Você é o que você lembra.
Você é a saudade que sente da sua mãe, a infância que você recorda, a dor de não ter dado certo, de não ter falado na hora. A emoção de um trecho de livro, a cena de rua que lhe arrancou lágrimas, você é o que você chora.
Você é o abraço inesperado, a força dada para o amigo que precisa, a sensibilidade que grita, o carinho que permuta, os pedaços que junta, você é o orgasmo, a gargalhada, o beijo. Você é o que você desnuda.
Você é a raiva de não ter alcançado, a impotência de não conseguir mudar, o desapontamento com o governo, o ódio que tudo isso dá. Você é o que ninguém vê.
[desconheço o autor]
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