Afinal, de que são feitas as relações humanas? De afeto, afinidade, interesse? Ou será um pouco de tudo?
Gosto de analisar minhas relações. Analisar as pessoas que tenho ao meu redor e me fazer as mesmas perguntas: Tenho somente as pessoas que me fazem bem ou, será que cultivo inclusive aquelas relações que me consomem?
Penso que talvez, nós humanos, sejamos egoístas o suficiente para iniciarmos nossas relações baseados apenas em interesse. É comum nos aproximarmos de alguém porque queremos algo. Mas, conforme vamos conhecendo a pessoa com a qual nos relacionamos percebemos que temos alguma afinidade — ou não —e passamos para a fase do afeto. E, é nessa fase onde a relação se torna verdadeira e passamos a nos mostrar como realmente somos.
É fato que o contrário também pode acontecer. Podemos nos relacionar pelo afeto e acabar no interesse, assim como podemos ter início na afinidade. Mas, o importante é prestar atenção no “prazo de validade” de algumas dessas relações e, o mais importante ainda, é respeitar este prazo imposto pela própria vida.
Todos os dias alguns desses prazos vencem e nós não os descartamos e, como não poderia ser diferente, as relações começam a se deteriorar. Mas, nós, como seres teimosos que somos, achamos que podemos continuar a usufruir dessas relações sem perceber que vamos nos intoxicando, que vamos envenenando cada pedaço do nosso ser e, quando nos damos conta já é tarde demais. Já ganhamos doenças ou neuras e já perdemos muito tempo tentando consertar o que não tem conserto.
Hoje vi que já me desfiz de muitas dessas relações “vencidas” e que me faziam tão mal. Percebo que só mantenho comigo aquelas que realmente importam, aquelas onde há, acima de tudo, sinceridade. É claro que agreguei novas relações à minha coleção. E não poderia ser diferente. São essas relações que me ensinam os macetes da vida e me ensinam sobre um assunto até mais importante e urgente: EU MESMA!